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Je Maintiendrai

"... Le refus de la politique militante, le privilège absolu concédé à la littérature, la liberté de l'allure, le style comme une éthique, la continuité d'une recherche". Pol Vandromme

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Monday, July 31, 2006

COISAS DE MIÚDOS - II

A terrível letra Psi.
No meu tempo o prof. de Grego era o dr. Virgílio Ferreira

Emarpsamen - F. Fellini, Amarcord


COISAS DE MIÚDOS - I

Deus me perdoe que me alembra o Prof. Trocado...

Dança de La Saraghina, F. Fellini "8½"







PELA NOITE DENTRO

Blades





PELA NOITE DENTRO

Fencing


AD MAJOREM DEI GLORIAM
A Igreja e o Mundo Católico celebram hoje o 450º aniversário da morte de Santo Inácio de Loyola. Salve!

Sunday, July 30, 2006

PELA NOITE DENTRO

À Sombra de outro Islão. Andres Segovia no Alhambra


POUCO MUDOU...

"O islão não conseguiu "entrar" no mundo moderno. Nem com a "independência", nem com o "socialismo" ("árabe" ou outro), nem com o dinheiro do petróleo. Da Indonésia à Síria, é uma civilização fracassada onde se acumulam pressões sobre pressões como dantes se acumulavam na República de Weimar: a miséria, o desemprego, a desigualdade, o fanatismo, a tirania e a violência. No meio desta inominável catástrofe, Israel serve de bode expiatório e símbolo de uma cada vez mais difícil e ténue unidade. Ninguém no islão vive ou viverá em paz com Israel. Ou com o Ocidente."
Vasco Pulido Valente, Público, 28 Julho 2006

Lawrence of Arabia


POR MENOS QUE ISTO...

Por menos que isto morreu a Sociedade das Nações.
Cada vez mais oportuna a argumentação de Combustões, e hoje, sobretudo, o cartoon d' O Jansenista.




COMO EU ME LEMBRO DE ESPANHA

A propósito de Julio Romero de Torres

Julio Romero de Torres
pintó a la mujer morena,
con los ojos de misterio
y el alma llena de pena.
Puso en sus brazos de bronce
la guitarra cantaora,
y en su bordón hay suspiros
y en su caja una dolora.

Morena.
la de los rojos claveles,
la de la reja florida,
la reina de las mujeres.
Morena.
la del bordado mantón,
la de la alegre guitarra,
la del clavel español.

Como escapada del cuadro,
y en el sentir de la copla,
toda España la venera
y toda España la llora.
trenza con su taconeo
la seguiriya de España.
Y en su cantar es moruno
en la Venta de Eritaña.

Morena.
la de los rojos claveles,
la de la reja florida,
la reina de las mujeres.
Morena.
la del bordado mantón,
la de la alegre guitarra,
la del clavel español.

La Morena de mi Copla - Tuna de Ingenieros Técnicos Industriales de Jaén

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HOJE É DIA DE ZARZUELA
"La Corte del Faraón"

Homenagem a D. Javier

Ana Belén - Ay ba! Ay ba! Ay Babilonio que marea...

BY GEE, BY GOSH, BY GUM, BY JOVE!

We will build for you a hut
You will be our favorite nut...

Haja Deus! O Presidente da República, ao viabilizar o diploma que consagra a negociata do Governo com o argentário Joe Berardo, teve a frontalidade de apontar ao carácter leonino da operação, e, por extensão, a incapacidade de um Governo de tansos para defender o interesse público face à arrogância de um mestre de obras arvorado em mecenas. Que para mais se diz ofendido pelo Presidente!
Andámos anos a assistir ao romance e às birras do Joe, que à força queria entrar pela porta grande dos patronos das artes em Portugal. E com razão: em tempos em que “poderoso caballero es Don Dinero”, porque é que o Berardo não havia de enfileirar com o Rei D. Fernando, com Anastácio Gonçalves, com Lacerda, com Espírito Santo, com Gulbenkian?!
Contra a cuidadosa política dos antecessores, que tant bien que mal ainda mantiveram uma réstia de vergonha nas ventas, a iluminada (no sentido medieval) senhora que preside aos destinos da Cultura teve um rasgo, e levou o Berardo aos altares das artes, à custa da dignidade pública.
E tudo isto dá que pensar.
Em primeiro lugar, a questão da Colecção Berardo, não é uma questão de arte nem de um mecenas injustiçado; coitado do Berardo que mal sabe alinhavar duas palavras seguidas; aliás, está por contar quem é e onde pára o adviser que teve o conhecimento, engenho e arte de lhe fazer a colecção. Ou pensavam que o homem era da estirpe de connoisseurs como Espírito Santo, Gulbenkian ou mesmo António Champallimaud de cujo refinado gosto de coleccionador ficámos a saber pelo catálogo da FMRicci? Fica tão bem por saber se o espólio é assim tão, tão, tão deslumbrante que justifique o embevecimento palerma dos media e correspondente agachamento dos poderes públicos à vaidade e ao novo riquismo do Joe.
Em segundo lugar, o caso Berardo é exemplificativo da baixaria do nível dos nossos argentários no que às Artes respeita e no que ao espírito mecenático toca. Comerciantes e homens da banca são uns toscos alheios a tais ninharias, e os que pretendem não ser, mal resistem ao riscar da unha: v.g. Monjardino e o patético e mirífico Museu do Oriente (que à parte bacalhaus, pouco mais tem para lá pôr que a tralha da dinastia Tanga comprada nos tin-tins de Macau), ou Jardim Gonçalves, e a sua Fundação especializada em recuperação de imóveis para agências bancárias ou no monopólio do S. Carlos, como se de uma espanhola por conta se tratasse.
Em último lugar, o caso Berardo é um atestado de deslumbramento parolo dos nossos Governantes, rendidos miseravelmente à chantagem do Joe. Espicaçados pelo concessão da carica da Légion ao amigo Joe pelo embaixador da república dos cabeleireiros e dos perfumistas, e com medo que o nosso madeirense fosse patrioticamente levar a tralha modernista para onde melhor lhe afagassem o coiro, toca de lhe dar o CCB, e o controlo majestático da ucharia.
Cavaco andou muito bem em largar a farpa. O Joe lá respingou, ofendido, diz ele. E a nossa iluminada? Tem alguma coisa a dizer?
Sorte a nossa da colecção não ir lá muito bem com a Torre de Belém ou com o Mosteiro da Batalha, senão...

Saturday, July 29, 2006










PELA NOITE DENTRO - III

Arte

PELA NOITE DENTRO - II

Ran



PELA NOITE DENTRO - I

Como o vento



PELA NOITE DENTRO

De noite, na minha cama, busquei aquele que a minha alma deseja.
Levantei-me, para ver onde estava, e não o encontrei. Saí para as ruas da cidade, pelas praças, a ver se o achava, mas em vão.
Os guardas detiveram-me, e perguntei-lhes:
- Viram aquele que eu tanto amo? Mas, passado pouco tempo, depois logo achei quem a minha alma deseja, e não o deixei até o ter levado para casa, para o velho quarto de minha mãe.
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não despertem o meu amor.
Deixem-no dormir à sua vontade.


Salomão, Cantos, 3

Friday, July 28, 2006

PARA LOGO À NOITE

Mundanidades. Com Whiskey e Castello, à sombra del Escorial.

Caetano Veloso. Aparição almodovariana em Habla con Ella


EU HOJE ACORDEI...

On the Sunny Side of the Street, entre jongleurs e levitadores, espero que acordasse assim.

Frank Sinatra,Bing Crosby,Louis Armstrong & Rosemary Clooney

Thursday, July 27, 2006

A GRANDE ILUSÃO -II

Um problema de memória. Os soldadinhos não eram de chumbo.

A Gloriosa Marinha Imperial 栄光の大日本帝國海軍
(Imagens e música soberbas, sobretudo a partir dos minutos 4 e 7.30)




A GRANDE ILUSÃO - I


Empenhados e entretidos com os episódios libaneses da nova Guerra dos Cem Anos, alguém está a prestar atenção aos desenvolvimentos da questão da Coreia do Norte?
O discurso nuclear do glorioso timoneiro Kim Jung-Il é absolutamente alucinante e crescentemente perigoso, sobretudo sabendo ele do "entretenimento" do Médio Oriente. O mundo descansa confiado no pior dos equívocos, qual é a capacidade da China para mediar e conter o alucinado; a China que, além de único responsável pela criação do monstro, tem das mais ineptas, ignorantes e inábeis diplomacias da Ásia. Há-de chegar o dia em que os EUA terão de pedir ao Japão para resolver o problema, o que o Japão agradecerá. Ou alguém tem ilusões que o Japão fIcará sentado à espera que alguém resolva o problema de lhe plantarem mísseis no quintal?


UF!


Chris Walken num espectacular desempenho.
A nossa Confrade Bomba, além de inteligente e muito amável, tem dotes parapsicológicos. Como pôde saber que o clip cai que nem uma luva no dia que hoje teve o dono deste blogue?!

Wednesday, July 26, 2006

PARA A NOITE:

"Bring me lobster on a clean plate"

BERTIE WOOSTER & JEEVES




ALICE AND THE CHESHIRE CAT

THE CHESHIRE CAT

Un petit mot da nossa bombástica Confrade (merci!) a propósito da sua propensão mais anglófila que francófila, lembrou-me o caro parente Archie e a sua mirabolante aproximação à língua francesa. Por associação de ideias, veio-me com alguma ternura a lembrança de um já longínquo Natal onde precisamente pela mão de Archie me calhou em sorte uma bela edição de Alice in Wonderland com as ilustrações originais de Tenniel. O gesto tinha conotações mais graves e profundas do que a mera simpatia, já que hoje percebo que a minha inocente infância acobertou lutas mais cruentas que as campanhas de Souvourov pelo domínio da influência no mundo lúdico da criança que era. Da banda materna, para lá de uns glóbulos gauleses que geração após geração abusivamente se acavalavam para lembrar, pertinazes, uma ténue ligação à França pré-revolucionária, havia uma muito querida Tia minha, que, viúva de um gentilhomme literaire e havia anos definitivamente regressada de Paris fugida aos Hunos, apostava os ócios no desvelo de afrancesar este vosso e então bem pequeno criado. Da banda paterna, o Primo Archie contava espingardas para defender o mesmo infante, creio que acicatado pelo ódio vesgo que votava à velha Senhora, que conhecera na Riviera. No que, aliás, era soberanamente retribuído; a Tia referia-se-lhe como “l’ivrogne”, Archie respondia com o seu mais habitual e burilado insulto gaulês: “viaux cuwir”.
Faltando-lhes outro meio ou oportunidade de se degladiarem, entre os sete e os doze anos a educação literária da pobre criança foi o chão escolhido para uma luta de personalidades titânicas. A minha Tia, qual uma antiquada Grande Berta, vomitava com regularidade obuses como os Récits tirés de l’Histoire de Rome, Les Rois Martyrs ou mesmo um róseo e anafado Petit Larousse Illustré (cru 1922), ao mesmo tempo que napoleonicamente fazia avançar sobre mim cansados regimentos e esquadrões de Jules Verne de dura capa encarnada, verde e castanha, apoiados pelos voltigeurs da Condessa de Ségur.
Mais jovem e mais dinâmico, o primo Archie, com o garbo e a mobilidade de um Marlborough, largava a metralha cerrada de mil e uma publicações novinhas que a velha Albion melhor que ninguém concebia para a educação viril da rapaziada do pós-guerra, ainda moldada ao estilo dos jovens aventureiros da Enid Blyton, saudáveis, despachados e alheios à interculturalidade. Minha Tia jogava com a vantagem da proximidade da sua misteriosa biblioteca da Duque de Ávila, o primo Archie com a emoção dos pacotes e dos selos do correio real britânico trazidos ás minhas pequenas mãos pelo Nunes carteiro.
Assim, do alto da colina de literatura juvenil franco-britânica que ainda hoje guardo, vista de longe, a minha infância sugere um gigantesco mapa de campanhas militares, onde natais, aniversários e férias correspondiam a Blenheims, Waterloos, Austerlitzs e Borodinos onde a sorte da batalha se jogava segundo o mood caprichoso ostentado nas preferências do infante.
A campanha decidiu-se teria eu os meus onze ou doze anos; para consternação da Tia encerrei a infância fixando-me definitivamente (cabeceira, desenhos, leituras, tiradas, inspirações…) no mais antiquado cartucho do armamento do primo Archie: a tal edição vitoriana de Alice, onde no mundo mágico de Carroll pontificava o Cheshire Cat. O fabuloso, ubíquo, sábio, sarcástico e misterioso gato tornou-se, assim, um companheiro, um amigo secreto, um conselheiro e um fascínio permanente sustentado pelos desenhos de Tenniel. Quando outros queriam ter destinos cavalheirosos, eu queria ser o Cheshire Cat, e mais de uma vez dominei a timidez imaginando-me desaparecido e irónico para espanto dos adultos. Confesso que foi o único gato da minha vida e às vezes, nas encruzilhadas da maturidade, ainda me surpreendo a recordar secretamente by heart as linhas de Alice

"... and she went on. "Would you tell me, please, which way I ought to go from here?"
"That depends a good deal on where you want to get to," said the Cat.
"I don't much care where –" said Alice.
"Then it doesn't matter which way you go," said the Cat.
"– so long as I get somewhere," Alice added as an explanation.
"Oh, you're sure to do that," said the Cat, "if you only walk long enough."


Alice In Wonderland - Revisitada por Disney
"Alice meets the Cheshire Cat". Not so magic...

Tuesday, July 25, 2006


SANTIAGO Y CIERRA ESPAÑA

Hoje é dia de Santiago Apóstolo.
Ou será que os Senhores Bispos o erradicaram do calendário litúrgico por politicamente incorrecto ou historicamente improvável?

Monday, July 24, 2006


SANTIDADE, UNIVERSALISMO E BONTÀ DELLE FORME

Em louvor do Canto Gregoriano.

Muito interessante material carreado por JSarto.
Aqui.












NOCTURNA INCURSÃO NA GATARIA

Ao Misantropo e, no que toca ao adereço, ao Jansenista

Les amoureux fervents et les savants austères
Aiment également, dans leur mûre saison,
Les chats puissants et doux, orgueil de la maison,
Qui comme eux sont frileux et comme eux sédentaires.

Amis de la science et de la volupté
Ils cherchent le silence et l'horreur des ténèbres;
L'Erèbe les eût pris pour ses coursiers funèbres,
S'ils pouvaient au servage incliner leur fierté.

Ils prennent en songeant les nobles attitudes
Des grands sphinx allongés au fond des solitudes,
Qui semblent s'endormir dans un rêve sans fin;
Leurs reins féconds sont pleins d'étincelles magiques,
Et des parcelles d'or, ainsi qu'un sable fin,
Etoilent vaguement leurs prunelles mystiques.

Charles Baudelaire, Les Chats

VARIAÇÕES SOBRE ARTES - IV

Hope! Na menor das vergonhas, espera-se igual sorte para os recentemente roubados diamantes da Coroa Portuguesa. Aqui.

VARIAÇÕES SOBRE ARTES - III

Il faut cultiver notre jardin...

"The passionate Gardener" Aqui.

VARIAÇÕES SOBRE ARTES - II

Da impressionante vida dos Impressionistas. Aqui.

VARIAÇÕES SOBRE ARTES - I

Arquitectura e filosofia: De Botton. Aqui.





PURE MAGIC!

DE COMO EU COMPREENDO O AGA KHAN...


Nesta celebração, o mérito é todo do Confrade de Combustões e do seu bom gosto.

Rita Hayworth - "Amado Mío"















UN ALTRO TRIONFO

Homenagem a Cecilia Bartoli

Vivaldi - Agitata da due venti


Sunday, July 23, 2006










O TRIUNFO DOS BAIXOS-BARÍTONOS

HOMENAGEM A ILDEBRANDO D'ARCANGELO

Quem disse que já não há bons cantores como antigamente? D'Arcangelo afirma-se como um valor seguro.


“Non più andrai farfallone amoroso” Le Nozze di Figaro (Scala, 2006)




ARREDA! ARREDA!

Lá mais para o fim da tarde...

Edith Piaf - L'Homme à la Moto - 1956

Friday, July 21, 2006

PARA LOGO À NOITE, SE ESTIVER FRESCO...

Begin The Beguine - Fred Astaire & Eleanore Powell

DO REINO DA ESTUPIDEZ
Partes Gagas
Contribuiu ontem para um dia cansativo a obrigação de participar em evento relacionado com os destinos da Universidade Portuguesa; ocasião que, mau grado o calor, não teria sido desinteressante não fora a conexa obrigação de ter de ouvir figura grada do nosso Ministério da Ciência e Ensino Superior debitar aquele tipo de enormidades que hoje em dia mais facilmente me irritam e me perturbam. O personagem, com todos os tiques, cheiros e atavios do deslumbrado homem novo da governança que temos, pertence e comunga do paradigma de pensamento do Sr. Ministro Gago; um crânio sobre o qual me vem sempre à cabeça a boutade de Oscar Wilde sobre a caça montada à raposa: "the unspeakable in porsuit of the uneatable". Ora, a pequena pitonisa de que vos falava, declamava em transe a lição do gago Apolo com todo o rigor da insuportável suficiência que maquilha a insegurança da estreiteza de vistas, as conexas certezas positivas e a pesporrência do "que sabe" mal calçado nas botas de “quem governa”. Entre várias pérolas, colhi a lição que se vai repetindo à saciedade em banda larga: o eldorado das Ciências, a via redentora da investigação no âmbito das ciências positivas, o confinamento progressivo das Humanidades ao ghetto das curiosidades improdutivas cuja sobrevivência se assegura na rotulação genérica da “cultura geral”. O dislate (que já vai sendo dislate de Estado pela glosa consagradora das várias instâncias da nossa hierarquia) daria pano para mangas. Este blogue já anda de manga curta pelo que não está para aí calhado. Mas na frescura da noite lisboeta apeteceu-me reler a lição magistral de Mestre Ortega sobre “Misión de la Universidad”. E é pena que essas verdades proclamadas em 1930 vão sendo esquecidas, se é que alguma vez foram meditadas. Lembra aquele topos clássico: “anões nos ombros de gigantes…”
***
“Cultura general”. Lo absurdo del termino, su filisteismo, revela su insinceridad. “Cultura”, referida al espiritu humano -- y no al ganado o a los cereales --, no puede ser sino general. No se es “culto” en fisica o en matematica. Eso es ser sabio en una materia. Al usar esa expresion de “cultura general” se declara la intencion de que el estudiante reciba algun conocimiento ornamental y vagamente educativo de su caracter o de su inteligencia. Para tan vago proposito tanto da una disciplina como otra, dentro de las que se consideran menos tecnicas y mas vagarosas: vaya por la filosofia, o por la historia, o por la sociologia!
Pero el caso es que si brincamos a la epoca en que la Universidad fue creada -- Edad Media -- vemos que el residuo actual es la humilde supervivencia de lo que entonces constituia, entera y propiamente, la ensenanza superior. La Universidad medieval no investiga; se ocupa muy poco de profesion; todo es... “cultura general” --- teologia, filosofia, “artes”.
Pero eso que hoy llaman “cultura general” no lo era para la Edad Media; no era ornato de la mente o disciplina del caracter; era, por el contrario, el sistema de ideas sobre el mundo y la humanidad que el hombre de entonces poseia. Era, pues, el repertorio de convicciones que habia de dirigir efectivamente su existencia.
La vida es un caos, una selva salvaje, una confusion. El hombre se pierde en ella. Pero su mente reacciona ante esa sensacion de naufragio y perdimiento: trabaja por encontrar en la selva “vias”, “caminos”; es decir: ideas claras y firmes sobre el Universe, convicciones positivas sobre lo que son las cosas y el mundo. El conjunto, el sistema de ellas, es la cultura en el sentido verdadero de la palabra; todo lo contrario, pues, que ornamento. Cultura es lo que salva del naufragio vital, lo que permite al hombre vivir sin que su vida sea tragedia sin sentido o radical envilecimiento.
No podemos vivir, humanamente, sin ideas. De ellas depende lo que hagamos, y vivir no es sino hacer esto o lo otro. Asi el viejisimo libro de la India: “Nuestros actos siguen a nuestros pensamientos como la rueda del carro sigue a la pezuna del buey”. En tal sentido -- que por si mismo no tiene nada de intelectualista -- somos nuestras ideas.
Gedeón, en este caso sobremanera profundo, haria constar que el hombre nace siempre en una epoca. Es decir, que es llamado a ejercitar la vida en una altura determinada de la evolution de los destinos humanos. El hombre pertenece consustancialmente a una generacion, y toda generacion se instala no en cualquier parte, sino muy precisamente sobre la anterior. Esto significa que es forzoso vivir a la altura de los tiempos, y muy especialmente a la altura de las ideas del tiempo.
Cultura es el sistema vital de las ideas en cada tiempo. Importa un comino que esas ideas o convicciones no sean, en parte ni en todo, cientificas. Cultura no es ciencia. Es caracteristico de nuestra cultura actual que gran porcion de su contenido proceda de la ciencia; pero en otras culturas no fue asi, ni esta dicho que en la nuestra lo sea siempre en la misma medida que ahora.
Comparada con la medieval, la Universidad contemporanea ha complicado enormemente la ensenanza profesional que aquella en germen proporcionaba, y ha anadido la investigacion quitando casi por completo la ensenanza o transmision de la cultura. Esto ha sido, evidentemente, una atrocidad. Funestas consecuencias de ello que ahora paga Europa. El caracter catastrofico de la situacion presente europea se debe a que el ingles medio, el frances medio, el aleman medio son incultos, no poseen el sistema vital de ideas sobre el mundo y el hombre correspondientes al tiempo. Ese personaje medio es el nuevo bárbaro, retrasado con respecto a su epoca, arcaico y primitivo en comparacion con la terrible actualidad y fecha de sus problemas. Este nuevo barbaro es principalmente el pro­fesional, mas sabio que nunca, pero mas inculto tambien --- el ingeniero, el medico, el abogado, el cientifico.
De esa barbarie inesperada, de ese esencial y tragico anacronismo tienen la culpa, sobre todo, las pretenciosas Universidades del siglo xix, las de todos los paises, y si aquella, en el frenesi de una revolucion, las arrasase, les faltaria la ultima razon para quejarse. Si se medita bien la cuestion, se acaba por reconocer que su culpa no queda compensada con el desarrollo, en verdad prodigioso, genial, que ellas mismas han dado a la ciencia. No seamos paletos de la ciencia. La ciencia es el mayor portento humano; pero por encima de ella esta la vida humana misma, que la hace posible. De aqui que un crimen contra las condiciones elementales de esta no pueda ser compensado por aquella. El mal es tan hondo ya y tan grave, que dificilmente me entenderan las generaciones anteriores a la vuestra, jovenes…”
J. Ortega y Gasset, Misión de la Universidad, I, (1930)

Thursday, July 20, 2006

HOMENAGEM A MARTY FELDMAN

"A Song for Sauce Lovers" - Aznavour parody


HIERARQUIA, PRECEDÊNCIA E PROTOCOLO

NAS GALÉS. O DIA DO DONO DESTE BLOGUE
(Felizmente no rôle de Q. Arrius...)

Ben Hur

Tuesday, July 18, 2006



PELA NOITE DENTRO

Dois filmes e um livro sobre autómatos

L. Mankiewicz Sleuth e Federico Fellini Casanova


Monday, July 17, 2006

PARA ACABAR DE VEZ COM AS NOVAS DA IMBECILIDADE

Confrade Corcunda pára, olha, retira da valeta (lave as mãos!) e, antes de devolver à cloaca, escrutina um dos paradigmas da imbecilidade pedante nacional. Com um olho em Londres e outro em Meca.

AINDA AS NOVAS DA IMBECILIDADE

Faltando melhor, Franceses apostam tudo na "verguenza torera". Mais uma farpa certeira de T. Dalrymple. Hobbesian Soccer.

OUTRAS NOVAS DA IMBECILIDADE

Um pontapé no ovo de Colombo... A alegria que lá deve ir pelas Espanhas!

MAIS NOVAS DA IMBECILIDADE

À Inglaterra nem os Santos lhe valem...

NOVAS DA IMBECILIDADE AO ANOITECER

Moonie P. Melícias não poderia faltar à coroação do Messias! Ver para crer. Miserere! Miserere!


OS DOIS CORPOS DO REI

A propósito dos posts anteriores, não fica mal ir à estante e pegar em The King's Two Bodies do sempiterno Ernst Kantorowicz e meditar um pouco sobre a mística e a simbolística do Poder Real.

CARNET MONDAIN - ATRASADOS - II

No 60º aniversário da coroação do Rei do Sião. Votos de outros tantos.



CARNET MONDAIN - ATRASADOS - I

No 80º aniversário de S.M. a Raínha Isabel. Long live!


The Coronation of Queen Elizabeth II


EU HOJE DEVERIA ACORDAR ASSIM

No aniversário de Ginger Rogers (ontem)


Fred Astaire & Ginger Rogers - "Cheek to Cheek"


...E PARA MANTER O RITMO

They call me Cuban Pete, I'm the king of the rumba beat...

INDISCRIÇÃO. DALIDA HOMENAGEIA JE MAINTIENDRAI



Saturday, July 15, 2006

DA MINHA MESA NO FOLIES BERGÈRES DE BOLLYHOOD

O que ficou dos tesouros do Grão-Mogol: o encanto, a beleza e a graça de Aishwarya Rai
Homenagem à simpática ex-Miss Mundo, embaixadora da L'Oreal, estrela maior no firmamento de Bollyhood, e, nela, ao encanto de mulheres cuja graça e a feminilidade começa às portas de Istanbul e acaba no Gion de Kyoto, e nada tem a ver com o estereotipo das matulonas charolesas de Hollywood ou com as anoréxicas da casa Dior.
Parabéns à Confraria que aqui contracenou, em peso, fazendo o seu début, e sobretudo, aos confrades Misantropo e Jansenista que arrasaram com o seus ray-ban novinhos.
Para os menos pacientes recomenda-se o começo na apoteose do minuto 5.

"Kajra re"

HOJE HÁ FESTA NO ASHRAM DE BOLLYWOOD

Sablon de Bombaím. Jansenismo abre ao Multicultural?


CARNET MONDAIN

No vapor de Suez, em boa hora regressado ao Reino o confrade de Combustões, depois de longo périplo oriental. Consta-nos de boa fonte que continua a representar com garbo a tradição lusa e colher a reverência de siames e burmeses. Venham as sedas, as pérolas e os aromas raros dessa pena de resplendor camiliano.


A QUEDA DAS ÁGUIAS

Mais um bastião em ruínas. "The Almanach de Gotha. Gothic horror".


GAFFE

"During the Queen's Jubilee visit to a North London Murugan Temple in North London, he asks a Sri Lankan priest, "Are you the Tamil Tigers?""
Sobre um dos últimos monstros sagrados da gaffe.


IMPÉRIO

Self-Indulgence americana no melhor dos momentos da vida internacional.


AI O MULHERIO!

Como, de tanto esgaravatar feminista, vão marchando alegremente para o bueiro as concepções fundamentais do Direito...
Mais umas das divas Nussbaum e MacKinnon. Aqui.

BARRILARO RUAS
Rememorar a figura sábia, boa e nobre de Henrique Barrilaro Ruas. Graças à atalaia da Torre, e à iniciativa de prometedor bloguista beirão. Os primores das Letras não residem apenas na Corte. Aqui e ali.

MUITO PELA NOITE DENTRO

GOOD OLD ROBBIE

Robbie Williams - Come Fly With Me

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