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Je Maintiendrai

"... Le refus de la politique militante, le privilège absolu concédé à la littérature, la liberté de l'allure, le style comme une éthique, la continuité d'une recherche". Pol Vandromme

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Tuesday, December 27, 2005


THAT IS WHY I LOVE BRITAIN!

O tempo aqui está húmido, apesar do bonfire que enche a casa com o cheiro da época. O chá da manhã continua (e continuará) a ser servido escoltado pelos habituais sobreviventes das heróicas legiões dos doces da mesa natalícia, os cães, de fartos, ficam-se num olhar distante, e eu ainda não arranjei coragem para me atirar ao espólio com que a generosidade natalícia alheia me brindou. Isto posto, dá-me para a reflexão, e esta pende morbidamente para o balanço do ano que se esvai. Balanço que nada tem a ver com o rescaldo do tsunami, a economia global, a política europeia, o eveil da China ou quaisquer outros topoi que pela sua sublimidade enobrecem o espírito e suscitem a consideração das gentes. Nada, nada. O meu balanço é chão e comezinho; fica-se por tudo aquilo que nos diários e forçados contactos com o mundo dos homens constituiu ao longo dos idos de 2005 seca, maçada, vulgaridade, hediondez, e que uma intervenção divina (sempre ansiada e sempre adiada sabe-se lá que por insondável desígnio do Senhor das Batalhas) continua a poupar. E para acentuar esse inexplicada tolerância do Senhor para com a vulgaridade que assola o nosso torrão, eu continuo a elaborar inventários até ao momento estéreis. Contudo, dadas as nóveis responsabilidades bloguísticas, decidi partilhar o deste ano com os meus leitores. E já que uns happy few gostaram da oração do Paul Johnson, é da pena sublime deste hibérnio que saíu a moldura das desditas deste ano. Limitem-se a semear no texto os nomes do José Rodrigues dos Santos, do Malato, da Constança Cunha e Sá, da Maria Filomena Mónica, do Cardeal Patriarca, do Berardo, de toda a troupe de Benfica, do PM Sócrates mais o respectivo nariz e enxoval da Boss, do Gama Jaime, do Prof. Trocado, das manas Pinto Correia, do Jardim Gonçalves, do Pinto Balsemão, da Paula Rego (enquanto continuar a copiar o Balthus) da malta de Boliqueime, do Marques Mendes, do Abrunhosa, do malfadado Coelho Jorge, da família Soares, do hediondo Prado Coelho, do Maestro V. d’Almeida a fazer anúncios, do canarim F. Quadros, do alucinado Gago Mariano, da chinelácia Embx. Ana Gomes, do Loureiro Valentim, do Dr. Santana, do Saramago, da loira de Felgueiras, do Dr. Antunes dos livros, do odioso zarolho Ferreira Medeiros, e de mais tutti quanti que vão para o alforge genérico dos comentadores políticos, da geração da Av. de Roma, do "politicamente correcto", dos historiadores de "género" e das "mentalidades", da gente que faz férias na neve, da pseudo-elite do Porto, da “esquerda caviar” e da direita burguesa, de gente que de animais só conheceu as galinhas do berço e que agora tem enormes cães de raça que embostam os passeios, dos magistrados e advogados que usam camisola de lã debaixo da toga, dos meninos bancários que fumam charuto e usam gravatas de palhaço rico, da mania do golf, das universidades privadas e dos seus ersatz de académicos, de Fundações, dos genealogistas, dos neo-liberais, da “etnia cigana”, de 80% do corpo diplomático, de padres que tocam viola, dos deslumbrados das Américas, da fauna de Bruxelas, dos europeístas, dos que gostam de Mercedes e de lofts, de monárquicos sem doutrina, de doutrina sem cultura, de cultura sem bondade.
Posto isto, leiam o Paul Johnson. That is why I love Britain.

“Christmas is a time of goodwill and I must, as usual, suspend my dislikes for the season. What are they? The list lengthens every year. It now includes Scotch announcers on the BBC and radio reporters who use what I call Elementary School Sing-song when reading their (often ungrammatical) dispatches. All footballers and their managers (and mistresses) and football fans. Men who shave their heads; Welshmen (not Welshwomen, far from it); TV producers, and especially their assistants who ring me up and ask me to appear on their beastly programmes and call me ‘Paul’; all New Labour MPs and life peers and, a fortiori, Social Democrats — David Owen, who knew, rightly called them ‘Labour with syphilis’; gossip columnists, whatever paper they work for; newspaper photographers, who waste my time and then connive with picture editors to show close-ups of me looking blind, toothless and senile; writers of Gobble Columns — not cookery writers and especially not Tamasin Day-Lewis, who is not only a brilliant stylist but a cuisinière of extraordinary skill — you should taste her caramel orange ice cream! I dislike Yags and Chromos, Lugs, Voidies and Snagereens; pushy people who are always grabbing the headlines, like Nigella Lawson, the Archbishop of Canterbury (and the Bishop of Oxford), Michael Winner, Richard Branson and Philip Green; anyone connected with the Turner and Booker Prizes, and so dedicated to the destruction of art and literature; nearly all intellectuals, and especially anti-American ones, who curse the United States, all its inhabitants and everything it stands for in one breath while puffing their way across the Atlantic with the next to collect their royalties from the generous Joe Public. I dislike mullahs who enjoy our hospitality and tolerance and plan to slit our throats; Jacques Chirac and his latest puppy-dog camp-follower, poodle and yes-man, the Spanish Prime Minister; anti-Semites who pretend they are anti-Zionists and who really want to begin again where Hitler left off — and a great many other monsters, real and imaginary, Dongerites, Toileys, Loabs and Somerset Shingoes. I particularly dislike the Secretary of State for Culture and her horrible fountain in Kensington Gardens. Indeed, I dislike all ministers except Tony Blair and the Home Secretary.
Let me assure readers I am totally without prejudice. I do not prejudge. I have formed my dislikes on the basis of long experience. I tried explaining this once to James Baldwin, who complained to me that it was sheer race prejudice and homophobia which made people dislike him: ‘No, James, it is not prejudice, it is actual experience of how awful you are.’ He said, ‘What experience have you had of prejudice?’ I replied, ‘Listen, old sod, if, like me, you were born in England red-haired, left-handed and a Roman Catholic, there’s nothing you don’t know about prejudice.’ At this point he stumped off in a rage...”
Paul Johnson, A Christmas message to New Labour: give up preaching class hatred

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