RIGHTEOUS FISTS
Esperem aí! Os confrades Misantropo, Jansenista e Botelho já palmilharam meio Império Britânico, do Sudão ao Tibete, atropelando pelo caminho o Gordon, o Kitchener, o Burton e o Younghusband! Eu que estava em Londres, no Oriental, onde previdentemente me pôs o Misantropo, não me refiz do vértigo e ainda vou na China dos Taiping e dos Boxers (ou Righteous Fists, como dizem os puristas sinómanos). Ora bem, quem quiser ficar pelos campos de batalha fique, mais os Mahdis malcheirosos, o Sudão de grenha retorcida, o calor, a areia, as moscas, o frio e os tibetanos a cheirarem a manteiga de yaque (é horrível, já experimentei). Eu cá – seguindo a lição do sibarita asiático que me parece ser o confrade das Combustões – agarro-me às sedas mandarínicas, abanco no Templo do Céu (lindo no Inverno…) e fico a binocular a corte Ch’ing desse fechar do séc. XIX. Duas sugestões para o efeito: a erudita e interessantíssima biografia regeneradora da Imperatriz Cixi (Sterling Seagrave, Dragon Lady), uma autêntica Teodora bizantina em versão chinesa, com instrutivos insigths sobre o que era uma corte asiática. A segunda, a não menos espantosa biografia de Sir Edmund Backhouse (Hugh Trevor-Rope, The Hermit of Peking) mais um desses crapulosos aristocratas britânicos vitorianos que o destino lançou para os confins do mundo, neste caso Pequim, onde arrastou uma vida estranha de erudito, pornógrafo, coleccionador e aventureiro. Para quem queira, Taiping, Boxers, imperialismo, decadência, exotismo e douceur de vivre a rodos…. As massas aqui não contam. Excusez-moi du peu…
Je Maintiendrai
"... Le refus de la politique militante, le privilège absolu concédé à la littérature, la liberté de l'allure, le style comme une éthique, la continuité d'une recherche". Pol Vandromme
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