SEFARAD MECENÁTICA
Paris, em sede de artes decorativas, tem uma infinidade de coisas interessantíssimas. Uma delas, sem dúvida, são algumas casas que, mercê da generosidade e sentido de cidadania, albergam colecções de arte de excepção. Espelham a sensibilidade, o critério e a ambience de quem as fez e as concebeu onde estão. A casa-museu Jacquemart-Andre é um exemplo clássico. Gulbenkian esteve para o ser. Outro, porventura menos conhecido, é o da casa-museu Nissim de Camondo, legado do banqueiro de origem sefardi hispânica Moïse de Camondo, que o nomeou em recordação do único filho, Nissim, caído em combate na I Guerra. Hoje não há Camondos, exterminados os últimos na voragem da II Guerra. Ficou a casa, um fantástico monumento ao que a França tem de melhor nas artes decorativas, e um exemplo do melhor dos fins de uma colecção privada.
Em fundo: Esther Ofarim "El Rey Nimrod"
<< Home