FIN DE RACE
O Confrade de Combustões recorda hoja a passagem do aniversário de Aisin-Gioro Puyi, o Imperador Xuan Tong, último soberano da China. Sobre esse desventurado rebento da grande dinastia manchú dos Qing, que governou o Celeste Império de 1626 a 1912, o caro Confrade deixa no ar algumas questões a que a historiografia moderna responde com severidade em termos de carácter e de postura. Figura pungente, quase shakespeariana, na transição de esplendor fade da Cidade Imperial para as misérias da autocrítica nos campos de reeducação e a reeintegração como cidadão jardineiro da China Vermelha. MCastelo-Branco, apropriadamente, associa-lhe a memória da extraordinária figura de Reginald F. Johnston, o escritor e o sinólogo, um dos últimos de uma longa linhagem de administradores britânicos na Ásia, que de 1919 a 1924 serviu como tutor e conselheiro do último Imperador da China.
Assim, e ainda a propósito do último dos Manchús, vão juntas as homenagens a Bertolucci e ao seu belíssimo The Last Emperor, a Zun Long (John Lone) que teve o rôle de Puyi, e a Reginald Johnston. Em fundo, a versão original de Am I Blue, que os aficionados recordarão no film cantado pelo último Imperador em cena do exílio de Shanghai.
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