ARGUMENTOS CONTRAPOSTOS por respeito retribuído
Na sequência de um post abaixo, o Confrade Jansenista levantou a questão dos perigos da reversibilidade do argumento do declínio civilizacional, de facto por mim aí sugerido.
E fê-lo, como habitualmente, de um modo tentadoramente perspicaz, mas que não posso inteiramente aceitar por divergências nas categorias lógicas. E passo a esclarecer o fio do raciocínio que me guia em coerência e expressão das minhas crenças e das minhas ideias. Raciocínio que assenta em dois postulados: um, no plano objectivo das ideias, e, outro, no plano circunstancial dos factos. A saber:
a) o aborto é atentatório do valor sagrado e objectivo da vida
b) o referendo de 11/2 sugere o que já defini como a imposição ínvia, cobarde e prepotente das qualificações e formas iníquas e aberrantes de uma normatividade que indicia o nascimento ou o crescimento de um Estado vicioso e pervertido por alimentador, não apenas da guerra ideológica e da fractura social interna, mas da própria dissolução de valores estruturantes de uma civilização que o gerou.
Aceites estes postulados, os casos que apresenta como de opcional utilização argumentativa (ora como sintoma, ora como causa), são, assim, para mim, consequências de postulados anteriores. E por isso (e para usar das suas palavras): à face do primeiro postulado, a prática do aborto incrimina a civilização que o tornou possível, ergo, à face do segundo, a defesa da nossa civilização impõe a criminalização do aborto.
Se a constatação do declínio civilizacional conduz à exoneração de culpas dos supervenientes praticantes do aborto – ainda que me pareça que o Confrade traz o argumento a fortiori – conhece pior sintoma de barbárie, essa situação onde o nexo causal de responsabilidade conduz, em matéria de valores, à mera culpa?!
E fê-lo, como habitualmente, de um modo tentadoramente perspicaz, mas que não posso inteiramente aceitar por divergências nas categorias lógicas. E passo a esclarecer o fio do raciocínio que me guia em coerência e expressão das minhas crenças e das minhas ideias. Raciocínio que assenta em dois postulados: um, no plano objectivo das ideias, e, outro, no plano circunstancial dos factos. A saber:
a) o aborto é atentatório do valor sagrado e objectivo da vida
b) o referendo de 11/2 sugere o que já defini como a imposição ínvia, cobarde e prepotente das qualificações e formas iníquas e aberrantes de uma normatividade que indicia o nascimento ou o crescimento de um Estado vicioso e pervertido por alimentador, não apenas da guerra ideológica e da fractura social interna, mas da própria dissolução de valores estruturantes de uma civilização que o gerou.
Aceites estes postulados, os casos que apresenta como de opcional utilização argumentativa (ora como sintoma, ora como causa), são, assim, para mim, consequências de postulados anteriores. E por isso (e para usar das suas palavras): à face do primeiro postulado, a prática do aborto incrimina a civilização que o tornou possível, ergo, à face do segundo, a defesa da nossa civilização impõe a criminalização do aborto.
Se a constatação do declínio civilizacional conduz à exoneração de culpas dos supervenientes praticantes do aborto – ainda que me pareça que o Confrade traz o argumento a fortiori – conhece pior sintoma de barbárie, essa situação onde o nexo causal de responsabilidade conduz, em matéria de valores, à mera culpa?!
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