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Je Maintiendrai

"... Le refus de la politique militante, le privilège absolu concédé à la littérature, la liberté de l'allure, le style comme une éthique, la continuité d'une recherche". Pol Vandromme

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Monday, November 05, 2007






Novas do Reino do Branco Elefante
Agora que sabemos que o Confrade das Combustões está (quizás na nobre Residência) repimpado à beira do Chaopraya, na sombra das frondosas baneanes bebendo chamanaos, de mirada vaga assestada nas doiradas barcas reais do sagrado monarca Bhumibol Adulyadej, toca a dar novidades desse reino longínquo dos Siameses. Onde param as memórias dos frangues, desses portugueses dos bairros do Rosário e de Santa Cruz, relíquias do velho bandel de Ayhudhia, que o embaixador Visconde da Praia Grande ouviu louvar e encontrou à ilharga do velho Rei Mongkut em 1859?








DISCURSO DE SUA MAJESTADE O REI DE SIÃO
NA AUDIÊNCIA DE 27 DE JANEIRO DE 1859


"Pedimos a Sua Ex.ª o Sr. Embaixador de Portugal e aos Srs. Oficiais Portugueses, que o acompanham, queiram prestar atenção ao Nosso discurso em que relatamos as coisas desde a sua origem.
No tempo em que as cidades de Ayuthia e Luvo eram capitais do reino de Sião havia no país homens de muitas nações da Europa, a saber: Franceses, Espanhóis e Portugueses, que os Siameses denominavam farang (francos), porque assim lhes chamavam os estrangeiros da Índia que os tinham introduzido no Reino, e lhes davam esse nome desde muito tempo. Havia também, pelo que temos ouvido dizer, Ingleses, Gregos e Holandeses; porém, de todos estes europeus os Portugueses foram os primeiros que vieram ao reino de Sião. Nas memórias antigas de há mais de trezentos anos consta que havia em Sião engenheiros portugueses que auxiliaram o Rei daquele tempo no traçado da estrada de Pra Bath e no de outras estradas, bem como na abertura de canais na linha recta, e em outras diferentes obras.
Quando teve lugar a revolução que fez passar o Reino de Portugal ao domínio de uma Coroa estrangeira, e que este Reino se viu embaraçado com guerras exteriores e com outros revezes, os Portugueses residentes em Sião, faltando-lhes o apoio da Mãe Pátria, se tornaram súbditos dos Reis de Sião e se casaram no país, tomando por mulheres Siamesas, Cambojanas, Cochinchinas e Peguanas. Os seus descendentes com a sucessão dos tempos assemelharam-se em fisionomia aos Siameses, mas apesar de tudo ficaram sempre firmemente ligados à Religião Católica Romana, e conservaram o uso de se dizerem Portugueses, sob a denominação de Francos; muitos conservaram até hoje alguns conhecimentos da língua portuguesa.
Na época das grandes guerras, que trouxeram consigo a ruína de Ayuthia, antiga capital deste reino, todos os europeus residentes em Sião abandonaram o país, à excepção dos antigos descendentes portugueses. Estes existem ainda em grande número na capital actual e estão ao serviço do Rei, uns como soldados, outros como intérpretes, alguns como médicos ou como capitães de navios. Os Soberanos de Sião lhes têm permitido de se reunirem em povoação e de construírem igrejas do culto Católico Romano..."

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