Para lá do Marão… I
Para lá do Marão, mandam os que lá estão…. E se não mandam, mandam neles próprios o que já não é mau nos tempos que correm. Ainda que laços ténues me recordem que algum do meu sangue vem dessa nobre província, a trasmontanice tem dessas coisas, um orgulho sereno que sobrenada sobre qualquer outra origem que nos calhe em maioria na lotaria do nascimento, e um desejo peculiar de periodicamente lá ir beber não sei que forças anímicas. Em poucos sítios de Portugal me sinto apaziguado com a minha ideia da terra e das gentes, em poucos sítios de Portugal me parece mais arrastado o fluir fatal deste País para a vulgaridade. Não sei se é da altura, da grandeza, da largueza das vistas, da cor, da sobriedade e de um não sei quê que distingue essas gentes dos seus vizinhos mais próximos, da secura austera da Beira ou da paroquialidade que nos assalta do Marão para Ocidente. E depois, de Trás-os-Montes só se lembra quem de lá é; não faz mal, é retribuído…
Para lá do Marão, mandam os que lá estão…. E se não mandam, mandam neles próprios o que já não é mau nos tempos que correm. Ainda que laços ténues me recordem que algum do meu sangue vem dessa nobre província, a trasmontanice tem dessas coisas, um orgulho sereno que sobrenada sobre qualquer outra origem que nos calhe em maioria na lotaria do nascimento, e um desejo peculiar de periodicamente lá ir beber não sei que forças anímicas. Em poucos sítios de Portugal me sinto apaziguado com a minha ideia da terra e das gentes, em poucos sítios de Portugal me parece mais arrastado o fluir fatal deste País para a vulgaridade. Não sei se é da altura, da grandeza, da largueza das vistas, da cor, da sobriedade e de um não sei quê que distingue essas gentes dos seus vizinhos mais próximos, da secura austera da Beira ou da paroquialidade que nos assalta do Marão para Ocidente. E depois, de Trás-os-Montes só se lembra quem de lá é; não faz mal, é retribuído…
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