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Je Maintiendrai

"... Le refus de la politique militante, le privilège absolu concédé à la littérature, la liberté de l'allure, le style comme une éthique, la continuité d'une recherche". Pol Vandromme

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Friday, March 31, 2006


Horresco Referens
A França no seu pior contemporâneo. A minha impressão exacta face ao Centro Pompidou em recente tournée parisiense:
"Not having seen every building in the world, I cannot positively assert that the Centre Pompidou in the Place Beaubourg in Paris is the worst, but I should be surprised if anyone were able to point to a building that was very much worse.
If Jack the Ripper had been an architect, the Centre Pompidou is what he would have built: for he preferred his entrails out rather than in. The savage, gory mess that is the Centre Pompidou would have pleased him no end; perhaps he would even have obtained a sexual thrill from contemplating all the eviscerated intestinal pipes that writhe so uselessly around the inelegant core of the building..."
No melhor estilo de T. Dalrymple. Aqui


Sobre estilos pontifícios. Interessante. Aqui




Do album na mesa do Oriental - Uma noite em Kyoto

Wednesday, March 29, 2006


POLÍTICA EXTERNA: A CAMINHO DO CANADÁ


Anatomia da Tertúlia
Combustões escalpeliza as suas preferências de tertúlia.

Note-se no topo a posição altaneira d'o Jansenista escarranchado nas costas de Mendo Ramires e pela direita a saída do Misantropo que mal consegue esconder a herética carta de mercê jansénica que recebeu há dias...


Se Michael Jackson adivinhasse...


As interrogações de todos nós, a ler -- a meditar e, eventualmente, a debater -- em Combustões.

Friday, March 24, 2006





DIPLOMACIA CULTURAL. SOMA E SEGUE
No Reino da Estupidez. Ou do modo peculiar como alguns diplomatas defendem os interesses culturais de Portugal nos seus postos no estrangeiro. Ou ainda Do Verdadeiro Método de não Estudar.


Ora nem mais. Andaram os colegas de Combustões e Portas do Cerco a clamar contra o triste desvario da nossa Política Cultural Externa na Ásia, e eis que nos cai no cabaz uma prova provada de uma das razões desse desvario. Desta feita foi o Jansenista quem nos alertou para uma pérola do nosso Embaixador em Pequim, a patrocinar uma obra de propaganda chinesa sobre as relações luso-chinesas, onde aproveitou perante os chineses e nos órgão de informação chineses para notar a inépcia dos académicos portugueses nessa área. Bravo! Depois queixe-se que o alcunhem de “Embaixador da China na China”!
Amigo da École Française d’Extrème Orient acaba de, a pedido, me enviar uma notinha sobre a obra decantada. Talvez com a vantagem de ser ele um sinólogo e de ter à frente a tal obra, acho que vale a pena partilhar as opiniões do meu amigo. Sumariamente:
Ao que parece, a obra do nosso ladino chinês, que tem umas raspas de português lido e que é mais funcionário do aparelho que historiador conhecido, resulta de uma monumental pilhagem do que Portugal tem produzido neste domínio, sobretudo dos 10 vols bilingues (!) da Colecção de Documentos para a História das Relações entre Portugal e a China (ed. V.Saldanha e Jin Guoping), Os Estudos para as Relações Luso-Chinesas (V. Saldanha), a exaustiva Sinopse de Macau nas Relações Luso-Chinesas, 1945-1995 (Moisés Fernandes), e a obra fundamental de Fernando Lima Macau. As Duas Transições. Não contente, também se atira voraz aos estudos de outros historiadores chineses de nomeada como Jin Guoping, a quem se deve o que de mais inovador se tem produzido sobre os primórdios dessas relações. Pelo caminho, e como o português não dava para tanto, ficam os estudos de Luís Filipe Barreto, Jorge Alves ou Rui Loureiro.
Em suma: o Sr. Embaixador Santana Carlos --- como não sabe ler nem escrever (chinês) --- não se informou (e tem lá um competente Conselheiro Cultural que fala e escreve chinês) e falou do que não sabia para agradar aos Chineses sem se preocupar se desmerecia o País que diz representar.
Como assim se demonstra, o Sr. Embaixador presta um enorme serviço a Portugal desprestigiando perante os Chineses o trabalho aturado de uma geração inteira de investigadores Portugueses numa época em que a historiografia chinesa pouco mais foi do que propaganda, e, no caso da história luso-chinesa, de violento antiportuguesismo.
E já agora Sr. Embaixador, como alternativa ao débito da asneira, contribua para a história das relações luso-chinesas explicando a sua intervenção no vergonhoso e recente caso da retirada do Conselheiro Cultural em Pequim (que o MNE teve agora de corrigir apressadamente), e, sobretudo, deixando vir a público a documentação relativa à sua competentíssima actividade como responsável pelas negociações da entrega de Macau. Acho que vale, e muito, a pena ler as actas do Grupo de Ligação… E quer o Sr. ir para Washington. E se calhar vai….


CHE FARE...

O Senhor Bispo Torgal -- que gosta de pensar que o Papa deveria pensar como ele --- volta a brindar os fieis e os infieis com mais pérolas do seu alforge. Desta feita, voltamos à vexata quaestio dos "cardeais nacionais". Ou seja, está sentido porque na lista dos hoje nomeados por SSantidade não consta um único luso. É que merecíamos mais purpurados, refere o ilustre bispo castrense. Um só? O Patriarca? Nada feito! (o "outro", o Saraiva, o luso de Roma "não conta", é preciso ser "residente", depreende-se). É que apesar de sermos um "país pequeno" SS. "gosta muito de nós". O patriotismo de S.Exª Reverendíssima comove, mas talvez se tenha esquecido do princípio fundamental que preside às escolhas de S.Santidade para o Sacro Colégio: homens que se “distingam notavelmente pela doutrina, costumes, piedade e prudente resolução dos problemas”. Não havendo Portugueses na lista ergo...
Pessoalmente, acho que nos deveríamos dar por contentes pela interpretação flexível que já permitiu termos o que cá temos. Agora, Exª Revª não exagere... Os tempos d'El-Rei D. João V e da disputa pelas "quotas" cardinalícias já lá vão... Deus me perdoe, mas neste triste País até a hierarquia eclesiástica... Srs. Bispos: já que não há a púrpura dos Cardeais, ao menos o rubor da vergonha...

Thursday, March 23, 2006


Quem se identifica?

Why academics blog.





Aniversário de Kurosawa

Uma nota de lembrança do aniversário de A. Kurosawa em Combustões (que se espera em melhoras!). Por aqui, outra nota, esta sobre Oshima e um livrinho de alguma utilidade.

NEMURU MIZU

KYOTO - NARA


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NO CENTENÁRIO DE LUCHINO VISCONTI
1906-1976

A minha homenagem já foi feita. Mas quem dera rematar “il mese viscontiano” abalando para Milão onde, no proximíssimo dia 27 se encerram as comemorações do centenário “a Palazzo Reale con il “Grande Ballo del Gattopardo”, con la partecipazione dell’Orchestra Verdi che eseguirà la colonna sonora del film, e danza in costume.” Valsas, polkas, mazurkas, quadrilhas...

Wednesday, March 22, 2006







DA MINHA GAVETA


ALBINO FORJAZ DE SAMPAIO

Louve-se o confrade da Torre, Mendo Ramires, na sua luta pelas belas-letras nacionais quando nós aqui, em boa verdade, bem nos poderíamos esforçar mais por trazer à colação um que outro autor nacional para variar do estendal das autoridades de além-mar ou de além-Pirinéus de que diariamente nos louvamos.
Em sinal de compromisso de porfiar nessa senda, aqui fica hoje a lembrança de Albino Forjaz de Sampaio.

Quem se lembra hoje de Sampaio? É no entanto um dos mais interessantes prosadores das 4 primeiras décadas do século passado. E dele falaremos, propositadamente em sede de gastronomia, não apenas porque me parece a tertúlia pouco inclinada a dissertar sobre os prazeres do palato, mas porque sou um crente primário no princípio de que a sensibilidade do dito tem uma relação intrínseca com os primores do espírito. Homenageie-se, pois, Forjaz, recordando que lhe devemos a Volúpia. A Nona Arte: A Gastronomia. Depois de muito hesitar, o título foi o autor confessadamente buscá-lo ao velho Platina do Quatroccento: “O título do livro era o do seu, primeiro escrito em latim, traduzido depois na sua língua natal: De honesta voluptate. Estava certo e estava achado o título. Mas porque O Livro da Honesta Volúpia dava um título raro e exquisito, ficou Volúpia, e parece-me que não ficou mal. Volúpia diz tudo. A volúpia de comer, de encher o papo, volúpia necessária e pela qual tudo se faz. Honesta? Pois sim. Como quiserem…”
Significativamente dedicado ao grande Oleboma (António Maria de Oliveira Belo), porventura o maior gastrónomo português, o primoroso texto de Forjaz espraia-se suculento e com reflexos brilhantes de espírito cristalino em 7 grandes partes: Academia de Gastrónomos, Cozinhas de todo o Mundo, A Gastronomia e a Literatura [Eça, Fialho, Ramalho…], Vinhos e Comidas, Guloseimas e Lambarices, Silva de Prosa Vária [de Pasteis de Bacalhau ao António das Caldeiradas] e os Primeiros Livros de Cozinha [Portugal, França, Espanha, Itália, etc.]. E a cada tema uma dedicatória, em cujo elenco global se evoca gostosamente uma confraria de sibaritas novecentistas: Leal da Cãmara, Claudio Basto, Pedro Bordalo Pinheiro, Manuel Teixeira Gomes (“Cozinha Africana”!), Damião Peres, Acúrcio Pereira, Angélico de Sousa, Jaime Verde, os brasileiros Ademar Tavares e Celso Vieira, e o espanhol Júlio Camba. À falta de poder deglutir as vitualhas magistralmente evocado por Forjaz devoramos-lhe o talento com que escreve em português.
A propósito, recorde-se que a Volúpia é de 1939, em dois anos posterior a La Casa de Lúculo o El Arte de Comer, de Júlio Camba, uma das confessas inspirações de Forjaz e outra delícia da literatura de faca e garfo, dada a comum receita: excelência de pena e fino humor. E já que aqui chegámos e ainda a pairar no ar o cheiro a esturro do Quartier Latin, façamos justiça a um divertido produto da nouvelle cozinha literária francesa, Aventures dans la France Gourmande avec ma fourchette, mon couteau et mon tire-bouchon, de Peter Mayle, e saudemos com júbilo a edição de 2006 do Petit Lebey des Bistrots Parisiens, companheiro indispensável no palmilhar daquela que a temível possidoneira gaulesa sempre gostou de chamar a cité des lumières. A encerrar, numa chapelada à pobre da Inglaterra, desprovida destes primores, a esperança de rever um dia o soberbo film Who is killing the great Chefs of Europe, uma comédia negra construída sobre as traves mestras da gastronomia europeia (vg. o assassínio do chef da Tour d’Argent com a prensa do famoso canard), onde brilha o grande gourmand e gourmet que foi o saudoso Robert Morley.


Vanishing Establishment
Na morte de John Profumo

A política britânica pouco já tem de interessante; os ritmos e, sobretudo, os intervenientes dissolvidos na vulgaridade do estilo de qualquer política europeia. A morte de John Profumo aos 91 anos, protagonista do famoso escândalo político que levou ao desastre eleitoral dos Tories em 1964, evoca-nos uma época muito diferente e posturas pessoais que sugerem um sentido de responsabilidade cívica cuja ausência tem hoje muito a ver com essa vulgaridade.
A ler Thomas Dalrymple no recente "Profumo. After the Affair remembered for the scandal that bears his name, John Profumo died an honorable man."

Tuesday, March 21, 2006


Monday, March 20, 2006




Chapter VII – Monseigneur in Town ("A Tale of Two Posts")

Ha! Já não pode um cristão regozijar-se com os acordes simpáticos da música italiana dos 30’s (diluída aliás em bem inocente music hall francês) que não nos salte à canela um filho de Jansénio! E que metralha… ele é esotérico, ele é rebuscado, ele é sei lá que mais!
Mas para Port Royal, Caldinhas e ½. Eu sempre ouvi dizer que debaixo de um jacobino havia um jansenista… Felizmente que há o Dale Van Kley e o seu esclarecedor The Religious Origins of the French Revolution para lançar na praça pública essas vergonhas e por na conta de Jansénio as M.mes Defarges e quejandos…
Para me manter fiel às canoridades gaulesas aqui vai a Piaf em cançoneta a bater com a questão au plaisir de Monsieur, mas na iconografia, além de uma revisita ao acto heróico de Charlotte na pele de Ana Gomes, o guilhotinado é o Robespierre! Quelle tête…


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CHER MAURICE

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Sunday, March 19, 2006


A VER SE É DESTA...

A ver se é desta que o Pedro Botelho reaparece mais o seu yellow submarine...

Saturday, March 18, 2006




Gelados & Roma


Como o Teatro Capranica, de Roma, onde Facetta Nera foi estreada em 1935, não fica longe, vamos todos a pé a cantar até ao Giolitti comer bolos e sorvetes em honra do Manuel Azinhal, a quem se deve esta gloriosa descoberta. Vá, todos!!!

Facetta Nera
Bell' abbissina
Aspetta e spera
Che già l'ora s'avvicina!
Quando staremo
Vicino a te
Noi te daremo
Un' altra legge e un altro Re! :
La legge nostra è schiavitù d'amore
Ma libbertà di vita e di pensiere
Vendicheremo noi Camice Nere
L'Eroi caduti e libberamo te!

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WHO WANTS...
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...e continuar.



Para começar o dia em beleza...

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